sexta-feira, 14 de maio de 2010

atualizações








estar ao espaço de troca, depois do mergulho.
ao encontro, então.
as necessidades de uma pesquisa sempre mudam a rota
mudam a pesquisadora
mudam a artista.
é preciso ser maleável, estar para o presente
ao fluxo interminável da criação

agora, se por um lado a teoria se desdobra
por outro, a prática artística e a prática de ensino
propõem novas possibilidades, novos fragmentos

compartilhemos.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

CORPO ORGÂNICO: RELAÇÕES ENTRE CORPO E NOVAS TECNOLOGIAS

Seminário Interseções: corpo e olhar. Recife, 25 de setembro de 2009.

RESUMO: Este artigo tem como objetivo investigar novos significados para o corpo na contemporaneidade, na articulação do corpo do performer com o corpo do ciberespaço, no que diz respeito à arte da Performance realizada em Internet no Brasil. Essa relação do corpo performático contemporâneo reconfigurado pelo ciberespaço é discutida pela idéia de um corpo orgânico, que dialoga com a metáfora de organismo desenvolvida por Humberto Maturana. É possível aferir, a princípio, que os corpos em teleperformance, sejam humanos ou não-humanos, se resignificam mutuamente a partir das conexões estabelecidas entre eles. Essa articulação, configurada entre os possíveis corpos e o ambiente no qual estão inseridos surge nesse trabalho dentro da proposição de um Terceiro Corpo, como aqui é denominado, que resulta da interação destes corpos com o corpo do ciberespaço.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

as trajetórias - parte II - rascunhos de não-pertencimento

São Salvador, 2002, lugar de estranhezas, de uma tal "baianidade"...mas o que é mesmo essa tal "baianidade"?

Deparar-se com o outro é uma forma de se voltar a si mesmo. Deparar-se com outro lugar é uma forma de voltar ao seu lugar. Mas que lugar é este o meu?

Fortaleza, cidade efêmera, povo nômade. Espaço geo-humano de transformações constantes, de dobras. Será isso a "cearensidade" possível?

Ao primeiro "regresso" percebi concretamente que não há voltas, era fisicamente visível como a minha casa tinha ficado menor. Logo ganhei a alcunha de baiana entre os meus conhecidos cearenses e a de cearense entre os meus conhecidos baianos.

E me constatei sem lugar.

Nesse espaço de não-pertencimento, de natureza nômade, outro lugar se fez presente, o virtual, através do qual criava um ambiente de expressão e de intersecção com os afetos cada vez mais espalhados pelo mundo. O incômodo inicial de perceber-me sem lugar vai aos poucos dando espaço à metáfora pessoal da "andarilha", deslocada e descentrada, como propõe a definição de Ernest Laclau sobre a identidade cultural na pós-modernidade.


“o sujeito da experiência seria algo como um território de passagem,
algo como uma superfície sensível que aquilo que acontece afeta de algum modo,
produz alguns afetos, inscreve algumas marcas,
deixa alguns vestígios, alguns efeitos”.(LAROSSA, 1998)